(Al)Margem
Aproximo-me
da margem
e reflito nas águas.
Uma envolvência de tempo
permite-me estar…
indeterminada e intemporal.
Mergulho
na liquidez das emoções
e saturo-me
de oxigénio afetivo!
Teluricamente adentro-me,
em almargem fértil de projetos.
No caminho que se desenha absorvo o etéreo tempo.
E tic-tac…
E passo a passo…
And breathe in, breathe out…
Sem pressas prossigo,
sem demoras revivo,
sem anseios persisto.
Tábua a tábua se desenha
– uma ponte.
Prego a prego se fixa o caminho
– um percurso.
Pilar a pilar se equilibra
– o futuro.
E a ponte entre o passado e o futuro surge – é o presente!
E ninguém melhor do que eu, omnisciente,
omnipresente,
em construção entre margens,
a minha ponte!
Carla Vieira Santos
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