Janelas em que existimos
Os olhos prendem-se em janelas várias…
Algumas cativam exteriormente,
com rendilhados elaborados,
cores em destaque.
Aqueloutras despertam
a curiosidade do interior subtil
pela simplicidade aparente.
Outras ainda, pelo abandono misterioso,
somente os mais atentos alertam.
Janelas infinitamente descritivas,
de realidades ficcionais
em que existimos.
Moratórias de vidas mil,
engendradas nas suas vidraças,
amorfas e sólidas.
As transições vítreas,
escoadas com o tempo,
retiraram da inércia as existências,
imbuindo temperatura
às memórias emocionais.
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