Confesso que pensei um bom bocado antes de escrever este post… por uma simples razão, além de achar sempre muito difícil colocar em palavras a intensidade com que vivo estas experiências, tenho o meu telemóvel ‘estilhaçado’ e, apesar de ainda funcionar, é-me muito difícil tirar fotografias de jeito para ilustrar os posts. Ainda assim, e já com esta ressalva feita, sábado passado aqui a miúda foi ao EDP Cool Jazz, all by myself, para assistir ao concerto do Jamie Cullum!
E digo-te uma coisa, em boa hora ganhei coragem para comprar aquele bilhete!
Chegar ao EDP Cool Jazz
Como ia sem lugar marcado, resolvi ir um pouco mais cedo e também porque, atualmente, estacionar em Cascais pode tornar-se um ‘filme de terror’, tudo a pagar e até às 22h… ou pensava eu! Quando cheguei à minha maravilhosa vila, até pensei que o concerto poderia ‘correr mal’ do ponto de vista do artista, tal era a quantidade de lugares disponíveis para largar o meu ‘espertinho’. E, claro, ainda tive de colocar umas moedas no parquímetro, mas descobri que, afinal, ainda há zonas em Cascais onde só se paga até às 20h!!! … a um sábado. Adiante.
À chegada, passei pelo primeiro controlo, onde o jovem polícia inspecionou a micromala que a miúda levava e me fez abrir o fecho exterior (onde só cabe a chave do carro!), ao mesmo tempo que diz, em tom de brincadeira: “É só para ver se leva aí a granada.” Say whaaaaaat?! Claro que me deu para rir. :-p
EDP Cool Jazz – O Recinto
Há novidades! Este ano, dentro do Parque Marechal Carmona, entrada do EDP Cool Jazz, há um palco mais pequeno montado, onde, até à hora dos concertos principais no hipódromo, já se vai entrando no mood festivaleiro com as Cascais Jazz Sessions. Aqui o protagonismo é dado a talentos do jazz nacional, que dão o mote para as noites mais cool do verão. No sábado, enquanto esperei que abrissem os portões do palco principal, já ‘batia o pezinho’ ao som do Tomás Marques, jovem saxofonista de 19 anos, que integra as big bands Orquestra Hot Clube Portugal, Big Band Estarrejazz e Orquestra Jazz de Águeda.

E este palco está no centro do recinto criado para ‘sessões’ de Eat & Drink, antes de entrares para o concerto. Portanto, música e comida. O que mais precisas? E são muitos os conceitos de street food que ali vais encontrar.

Vamos avançar um pouco no tempo e, depois dos portões abertos, lá fui direitinha à bancada para arranjar um bom spot. E até que fiquei bem localizada. A primeira parte do concerto coube à Joana Espadinha, que substituiu a trompetista Jéssica Pina no cartaz que não pôde participar por motivos pessoais. Por acaso, ia curiosa para ouvir esta trompetista, mas… o principal e melhor estava para vir.
Um prodígio chamado Jamie Cullum
Assistir a um concerto de Jamie Cullum é toda uma experiência! Esta foi, se a memória não me falha, a quarta vez que o vi ao vivo e devo dizer já uma coisa: este miúdo está cada vez melhor! Cada concerto a que assisto supera o anterior! É que a partir do momento em que sobe ao palco, Jamie Cullum está ali presente connosco! Somos nós e o músico (apoiado por uma banda também fantástica, claro) e, depois dos primeiros acordes, é difícil imaginarmos onde a noite nos vai levar! É que, quem nunca assistiu, pode até pensar “ah sim, um gajo ao piano deve ser um concerto superintenso…”
A verdade é que é! Para já, o piano é um dos meus instrumentos musicais favoritos, a par com bateria e contrabaixo, e poder ver o Jamie Cullum a tocar piano, da forma como toca, é um P-R-I-V-I-L-É-G-I-O! Aquele miúdo transforma-se num só com o piano e torna-se impossível desligarmo-nos, mesmo que por um segundo, do que está a acontecer em palco!

“Taller” (o novo álbum) é a ‘desculpa’ que o leva a viajar pelo mundo, mas, começando nas músicas novas, que já não me saem da cabeça, e alguns dos seus maiores êxitos sempre ‘reinventados’ com roupagens maravilhosas, como “What a Difference a Day Made” cantado ‘quase’ à capela, apenas voz e contrabaixo (!!!!), passando por “Mankind” acompanhado também pelas duas potentíssimas vozes femininas do coro, ou o momento em que saltou do palco e irrompeu pela plateia ao som de “Just a Gigolo“, levando o público ao delírio… tudo, mas tudo é para lá de bom num concerto de Jamie Cullum! Na plateia, ninguém acaba sentado!
E a voz.
Quase que me sinto tentada a deixar esta frase sozinha… É que o miúdo tem uma voz incríveeeeeel! Daquelas que estão no meu top 5 (sim, também tenho um top para isto) de vozes que esta miúda não se importava nadinha de ficar 24 sob 24 horas a ouvir em loop, a cantarem-me ao ouvido! Ai ai!
Só para terminar, já sabes que a minha admiração pelo Jamie Cullum não é de agora, como te contei no meu último texto ‘desinspirado’ por uma insónia, e também já a tinha dado a conhecer numa das primeiras vezes que aqui escrevi A Minha Vida em… Música! Remember?!
Teria sido diferente, caso tivesse companhia? Teria, com toda a certeza, mas deixar passar a oportunidade de ver este concerto, é que não seria a mesma coisa!
Até uma próxima ‘desinspiração’!
Susana Figueira
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