São
poucas as vezes que o fazemos, mas aqui as miúdas também têm ‘dias
não’, coisas que as irritam (agora podia entrar o separador das
Manhãs da Comercial, “Sabem o que é que me irrita?” :-p), chamemos as
coisas pelo nome… ‘raivas’, portanto. Vá, as nossas são ‘raivinhas’. E hoje é dia de ‘deitar cá para fora’ algo que
me deixa profundamente irritada (atenção, esta é uma daquelas
coisas que tento trabalhar todos os dias e melhorar em mim mesma,
quer dizer para me irritar cada vez menos) e que tem a ver com… o
trânsito.
Imaginem
(não será difícil, acredito) hora de ponta à saída do trabalho.
O que é que acontece? Está trânsito, certo. Estamos todos
cansados, eu sei, a querer chegar a casa, ou onde quer que tenhamos
de ir. Só que está trânsito, minha gente! E o que vejo a toda a hora é gente que se julga melhor (ou neste caso, mais esperto) do que
o outro, atrás do volante. Somos todos os melhores condutores do
mundo e arredores. Spoiler
alert…
NOT!
Ninguém está isento de fazer asneiras, eu também já as fiz, no entanto,
a minha forma de encarar a condução é sempre na tentativa de
falhar o mínimo possível, pelas mais variadas (e óbvias) razões,
mas acima de tudo porque conduzir um carro é, para a maioria de nós,
a atividade que mais riscos envolve no nosso dia. Mais do que
praticar uma condução defensiva… é uma questão do respeito pelos outros.
Eureka!
é aqui que a ‘porca torce o rabo’ (coitadinha).
– Há os ‘chicos-espertos’, que vendo a fila, a entrar um a um,
tentam passar por todos com aquele ar de “ah
e tal eu não vou por aí”
e
mais à frente metem-se à frente (e à grande) de alguém. Uau,
ganharam 2, 3 ou talvez 4 carros, mas “não
atrás de ti“.
Pessoas, ninguém está parado à hora de ponta porque sim. Está
trânsito e a única coisa que fazem é aumentar a probabilidade de
acidentes e, aí, em vez de ‘ganharem’ 5 minutos, ficam (e fazem
toda a gente ficar) 1 ou 2 horas parados. Não querem ficar no
trânsito, arranjem um avião.
– Depois há os que nunca respeitam o espaço de entrada ou saída de
veículos, de outras empresas ou ruas, ou as rotundas, e ‘trancam’
a passagem aos outros. “Ninguém
vai ocupar o meu lugar.”
Pois,
só que com isso ‘empacam’ o trânsito que pode fluir
normalmente. É uma das regras básicas do Código da Estrada dos
cruzamentos (e do bom senso, digo eu), que diz qualquer coisa como “se
for para ficar no meio do cruzamento, não avanças“.
– Também há as passadeiras. Tento sempre, mas sempre, ter o cuidado
de não ficar em cima da passadeira. Qual é a dificuldade de pensar
nos peões? E quando são vocês que vão na rua? Não é por ficar o
espaço da passadeira entre um carro e outro que a fila demora mais
ou menos a fluir. Vamos aproveitar o espírito natalício, de
solidariedade, e respeitar um pouquinho mais o outro… o ano
inteiro. Boa?! 🙂
4
– O uso dos piscas. Pode ser ‘novidade’ para alguns, mas todos os
carros têm! Wow! Siiiiim, os piscas são para usar, senhores/as
condutores/as! Convém os outros condutores saberem qual a vossa
intenção… e ainda assim, quando o fazem, isso não vos atribui
prioridade, ok. Também convém perceber se podem efetuar a manobra
que pretendem sem pôr em risco os outros.
– Por fim, esta é uma daquelas coisas que, atualmente, ainda me deixam
meeeeesmo muito irritada, porque estou cada vez mais sensível a
estas questões… Gente que fuma. Ok, percebo a questão da
dependência e tudo, mas ainda assim a vida é feita de escolhas,
certo? E foram vocês que escolheram fumar… agora isso não implica
que percam a noção de cuidar do ambiente, de um espaço que é de todos, ok! (e estou com a
sensibilidade para esta temática muito aguçada, principalmente
depois da palestra da Ana, Go Slowly no
Blogging for a Cause,
de que falaremos aqui para a semana) Ou bem que fumam dentro do carro
e USAM o cinzeiro do carro (que creio todos terem), ou então não
fumam no carro. “Ah, porque se uso o cinzeiro fica o cheiro dentro
do carro.” ENTÃO, NÃO FUMEM! O que me enche de raiva(inha) mesmo
é atirarem, com a maior das indiferenças e dos desplantes, as
beatas pela janela do carro! Caramba, ainda não perceberam que isso
é fazer mal ao planeta!? Que transforma as ruas em gigantes e feios cinzeiros!? Que pode ser o início de um incêndio? E agora vou ser a
minha versão Gru, Maldisposto, mesmo. O que desejo para estas
pessoas é que o Universo se encarregue de lhes despejar em cima ou à
porta de casa montanhas de beatas, para ver o que acham!
isto que tinha de deitar cá para fora. Pessoas, só temos esta vida.
Só temos este planeta. Vamos competir apenas com a pessoa que fomos
ontem, tentar ser a nossa melhor versão a cada dia, sem presumirmos
que somos ‘mais isto ou aquilo’ do que os outros. Respeitar a liberdade e o espaço de cada um e de todos. Cabe a cada um
de nós fazer essa mudança, para no final a mudança ser de todos. E
vamos cuidar o melhor possível deste maravilhoso espaço que temos
para viver. Sim!!!
Sem Comentários