A exposição experimental “No Place Like Home” faz-nos deambular por uma realidade alternativa. Como se estivéssemos num sonho surrealista. Como se a casa que nos acolhe tivesse sofrido uma transformação onde os seus objetos ganham uma nova escala, uma nova perspetiva. Senti-me quase uma Alice no País das Maravilhas. Não havia um Gato de Cheshire, mas estava lá o Mr. DOB uma personagem híbrida rato/macaco que me encantou, da autoria de Takashi Murakami.
Este é o poder da arte. Nesta “quase-casa dentro do Museu” existem objetos que têm tanto de encantadores quanto de misteriosos. A possibilidade de criar uma casa desconcertante, que estimula a nossa criatividade e a nossa capacidade de leitura, permite que vejamos as coisas de uma outra perspetiva, colocando-nos fora da nossa zona de conforto. Para mim, “No Place Like Home” foi como que uma viagem ao fantástico, a um mundo paralelo.
“Wrap Around the World Man” de Nam June Paik
Patente no Museu Coleção Berardo (Centro Cultural de Belém), esta exposição teve origem no Museu de Israel (2017) e conta com mais de 100 objetos de artistas dos últimos 100 anos, tais como: Marcel Duchamp, Andy Warhol, Mona Hatoum, Nam June Paik, Marepe, entre outros. Esta é uma colaboração entre Jerusalém e Lisboa com a curadoria de Adina Kamien-Kazhdan.
“No Place Like Home” celebra, também, o 101º aniversário da icónica “Fonte” de Duchamp, um urinol invertido (1917/edição de réplica, 1964) que se encontra, naturalmente, na “Casa de Banho”, desta casa que pode ser “vossa” até dia 03 de junho.
A exposição conta com o apoio da IKEA e, portanto, quem tiver o cartão IKEA Family tem direito a desconto. Aconselho-vos a fazerem a visita com audioguia. É muito mais enriquecedora e permite-vos explorar até à exaustão os conceitos das obras e os seus significados implícitos. Para além disso, ao adquirirem o bilhete para “No Place Like Home” têm acesso a todas as exposições patentes no Museu Coleção Berardo.
Quem é que já visitou esta exposição? O que sentiram?
Rosarinho
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