O jacaré e a onça
Uma onça sedenta, aproximou-se certa vez de um rio, para beber um pouco de água, e não reparou num enorme jacaré que, mimetizado e imóvel perto de uns arbustos, aguardava a chegada de algum incauto, para atacar e conquistar a sua refeição.
O jacaré atacou de repente, mas a onça ágil como é, conseguiu defender-se e neutralizar o fator surpresa, iniciando-se feroz luta.
Um caçador que passava por perto, escutando o impressionante barulho da refrega, aproximou-se curioso do lugar.
Ambos os bichos, vendo o caçador ali do lado, tentaram mobilizá-lo em causa própria, pedindo ajuda para imobilizar o adversário, e oferecendo futuras e promissoras alianças, um em terra e o outro na água.
O caçador a principio ficou confuso, sem saber ao certo qual a atitude mais útil a tomar, mas pensou direitinho, e concluiu que um aliado na água era de mais serventia, já que a água não era o seu elemento, e a terra sim.
Achando ser a melhor atitude a tomar, matou a onça.
O jacaré mostrou-se muito agradecido, e convidou o homem para ir a casa dele conhecer a família toda.
O homem aceitou mas mal entrou na água, o jacaré matou-o e levou-o para o fundo do rio, para ele e a família comerem.
“Pau que nasce torto, nem quando vira cinza, endireita.”
Carlos Duarte
(esta crónica é escrita em português do Brasil)
(esta crónica é escrita em português do Brasil)
Sem Comentários