Desde que me lembro de ver aqueles filmes, que passavam na televisão, na altura da Páscoa, que sempre sonhei em visitar Roma e principalmente o Coliseu. No verão do ano passado a oportunidade chegou.
Primeiro dia na cidade, em pleno agosto, debaixo de uma temperatura escaldante, sigo audaciosamente caminho para realizar um sonho de menina. É estranho quando nos deparamos com o edifício. É estranho porque não parece real. Sabem aquela vontade de nos beliscarmos, para termos a certeza que estamos mesmo em frente ao Coliseu? E da boca só saem palavras como: “Não acredito!”, “Espetacular!” “Lindo!”; e mais umas quantas expressões exclamativas que reforçam a nossa admiração perante este edifício cuja construção foi iniciada no ano 72, por Vespasiano.
Ao longe já se adivinha a fila de espera. Mas tudo vale a pena: a desidratação, a dor nos pés, a transpiração a percorrer todo o corpo! Não se pode perder a coragem perante uma fila de espera! Não ali, local onde bravos gladiadores travavam lutas incríveis! E afinal o tempo de espera parece voar, porque enquanto ali estamos, prestamos atenção em todos os detalhes que nos rodeiam e até a mais discreta pedra, tem algo para nos contar.
E já com o ingresso de entrada na mão e mapa para circular dentro do edifício, fico a saber que existe áudio-guia em português. Terei de ir para outra fila de espera, mas esta é mais pequena e mais rápida.
E eis que chega a altura de entrar, estava muita gente, mas não chegavam aos 50.000 que enchiam o Coliseu para assistirem aos jogos impiedosos que satisfaziam a multidão. Respirei fundo e avancei para a descoberta de um espaço carregado de História e histórias.
Caminhei e caminhei, parei vezes sem conta para não perder nenhum pormenor, tentando seguir o auto guia, coisa que não correu lá muito bem. Ou eu estava demasiado entusiasmada e a minha atenção estava dispersa, ou na verdade o percurso no interior do Coliseu é confuso. Enfim, nada é perfeito, mas creio que isso também não me aborreceu.
De vez em quando, uma escapadela para a sombra e para espreitar rapidamente uma exposição com informação histórica, técnicas de construção da época, etc. Mas o que me puxava era o ambiente exterior.
Hoje, em pleno século XXI, o que resta deste enigmático edifício é resultado da cólera da natureza (terramotos) e da mão humana, que foi retirando material para construir habitações. Seja como for, ainda assim, a beleza e a magia estão lá.
Perdi a noção do tempo, vivi um outro tempo, um tempo onde não havia limites, onde uma arena era coberta de água para se realizarem batalhas navais! Percorri uma, duas, três vezes, o mesmo percurso e no fim parei para olhar o complexo sistema de corredores onde gladiadores e ferozes animais circulavam. E era tudo como eu imaginara.
Rosarinho
2012
2 Comentários
ana filipe
Maio 2, 2012 at 12:15 pmGostei de ler a sua opinião acompanhada destas belas imagens* Mais uma vez um excelente contributo para o trivago Rosária* bjinho
Ana
Rosarinho
Maio 2, 2012 at 9:14 pmObrigada Ana, é um prazer participar no Trivago 🙂
Beijinho